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8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
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Mães de ‘rostos’ conhecidos da região contam como é viver os bastidores dos sucessos e insucessos dos filhos 1e154t

São histórias diferentes, mas com pontos em comum: o apoio incondicional, o silêncio nas horas necessárias, a torcida discreta e a emoção que aparece quando ninguém vê

Por Ana Carolina Leal

11 de maio de 2025, às 07h48

No calendário cheio de homenagens e datas comemorativas, o segundo domingo de maio tem lugar certo. O Dia das Mães é um convite para olhar com atenção para quem acompanhou os primeiros os e os que vieram depois.

Neste ano, o LIBERAL ouviu mães de “rostos” conhecidos em Americana e região para saber como é viver os bastidores dos sucessos e insucessos dos filhos, muitas vezes expostos ao olhar público.

Da arquibancada ao camarim, do sofá da sala à plateia de um programa de televisão, essas mães viram de perto as conquistas e também os desafios de filhos que trilharam caminhos pouco comuns.

São histórias diferentes, mas com pontos em comum: o apoio incondicional, o silêncio nas horas necessárias, a torcida discreta e a emoção que aparece quando ninguém vê.

A reportagem conversou com cinco mães que acompanham de perto os os dos filhos em trajetórias marcantes: Suely Emboada, mãe do jogador de futebol Oscar; Fátima Dohme, mãe da atriz Karina Dohme; Kelly Fagionato Zazeri Fonseca, mãe de Eduardo, destaque no quadro Pequenos Gênios, do programa Domingão com Huck; Jane Bernadete Milanês Piovezan, mãe do prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, Rafael Piovezan; e Berenice Martins Alves dos Santos, mãe do cantor Sâmi Rico.

Em comum, elas carregam não apenas o título de mãe, mas a experiência de ver os filhos se tornarem figuras públicas e lidarem com o peso e o preço da visibilidade. Entre lembranças, conselhos dados fora dos holofotes e lições aprendidas com os próprios filhos, elas ajudam a entender o que há por trás dos percursos que o público só vê pela metade.

Os os de Oscar sob o olhar da mãe 6g5j7

Quando o filho começou a jogar bola, Suely Alves Emboaba, de 57 anos, não imaginava que ali nascia uma carreira profissional. “Não sabia, não achava. Era só para ele fazer um esporte mesmo. Como mãe solo, nunca ou pela minha cabeça que fosse virar isso tudo”, conta.

Virou. O americanense Oscar foi revelado pelo São Paulo, ou pelo Internacional e teve destaque no Chelsea, da Inglaterra. Depois, jogou por anos na China e, neste ano, retornou ao clube que o formou. Mas talvez o ponto mais marcante — para o bem e para o mal — tenha sido a convocação para a Copa do Mundo de 2014, quando marcou o único gol do Brasil na derrota histórica de 7 a 1 para a Alemanha.

Suely Alves Emboaba, mãe do jogador de futebol Oscar – Foto: Leonardo Matos/Liberal

“Na seleção, quando ele foi convocado, fui a mãe mais feliz do mundo”, relembra. A felicidade, no entanto, sempre veio acompanhada da saudade. “Lidar com essa rotina de distância foi e é muito difícil. Sinto muita falta dele. Mas é o preço, né? Agora já consigo lidar melhor, a gente mantém contato, só uma ligação já me deixa feliz.”

Suely conta que Oscar liga para ela antes de todos os jogos, um ritual que ajuda a diminuir a distância. Sobre os momentos de críticas e derrotas, ela não se abala. “Me orgulho muito do sucesso dele, mas também consigo lidar com os insucessos. São coisas da vida. Sempre apoiei. Converso com ele e a, né? Isso é ser mãe.”

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Com fé e simplicidade, Suely resume a experiência de ter um filho famoso. “Não é fácil. Mas coloco sempre Deus na frente”.

A mãe por trás de um pequeno gênio 3024c

Para a contadora Kelly Fagionato Zazeri Fonseca, de 43 anos, ser mãe de Eduardo Fagionato Fonseca, 13, o jovem de Americana que brilhou no quadro Pequenos Gênios, do Domingão com Huck, vai muito além das medalhas de matemática e da fluência bilíngue.

Ser mãe de Eduardo é conviver com a doçura de um menino que adora o sofá da sala, os filmes em família e brincar com as cachorrinhas da casa, mesmo entre aulas de programação, futebol, soroban e o curso de iniciação científica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Kelly Fagionato Zazeri Fonseca, entre os filhos Eduardo e Melissa – Foto: Leonardo Matos/Liberal

“Ele é muito carinhoso, gosta de estar com a gente. Isso é o que mais me encanta: mesmo com tantos talentos, ele continua sendo menino”, diz Kelly, relembrando o tempo em que moraram nos Estados Unidos.

Foi lá que, aos 4 anos, Eduardo surpreendeu a família ao mostrar que já sabia ler e escrever em português, mesmo sem aulas formais. “Minha sogra levou uma apostila, mas ele já dominava. Na escola americana, acumulava mais chaveiros por leitura que todos os colegas”, conta.

De volta ao Brasil em 2020, a transição foi tranquila. “Achei que teria dificuldade, mas foi tudo muito natural. No Kumon, por exemplo, ele saltou do primeiro ao oitavo ano de matemática em um ano.”

Segundo Kelly, ver o filho na TV foi um misto de emoção e nervosismo. “Meu coração quase saía pela boca, e ele lá, sorrindo, como se fosse a coisa mais normal do mundo”, relembra.

A emoção aumentou com os dois recordes que Eduardo quebrou: um em matemática e outro em soletração. “Foi um orgulho imenso. Até a Virgínia Fonseca postou. Foi surreal.”

Kelly reconhece os talentos do filho, mas valoriza a base familiar. “Ele vai bem porque temos um lar com amor, diálogo e estrutura. Isso dá segurança para ele ser quem é.”

E, no Dia das Mães, o mais importante está garantido. “Estarmos juntos. A família é o nosso bem mais precioso.”

Além de Eduardo, Kelly também é mãe de Melissa Fagionato Fonseca, de 16 anos, que segue os os do irmão. Durante os quase quatro anos nos Estados Unidos, ela foi uma das cinco alunas da rede pública premiadas por excelência acadêmica, com seu nome eternizado no mural de honra da escola.

Melissa também recebeu um prêmio de artes em Orlando, sendo a única representante da escola selecionada, e avançou um ano letivo em matemática.

‘Para mim, ele sempre será um menino’ 3o5c5z

Por trás do cargo de prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, há um lado íntimo que só uma mãe conhece. Jane Bernadete Milanês Piovezan, de 66 anos, mãe de Rafael Piovezan, compartilha lembranças da infância do filho, os valores que procurou ensinar e como é acompanhar, de perto, a rotina de um homem público que, para ela, continua sendo “um menino”.

Nascido em Santa Bárbara, Rafael se formou em ciências biológicas pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Rio Claro. Desde pequeno, já dava sinais de liderança e uma energia contagiante.

Jane e Rafael Piovezan – Foto: Reprodução/Redes sociais

“O Rafael sempre foi muito ativo, gostava de natureza e esportes. Liderava as brincadeiras, conversava com grupos e gostava de dar aulas. Mas nunca imaginei que ele fosse me dar a honra de ser o prefeito da nossa cidade.”

Essa personalidade comunicativa, somada aos valores familiares, ajudaram a moldar o gestor. “Honestidade, respeito, empatia e responsabilidade foram princípios que procurei ar. Ele valoriza a verdade, se coloca no lugar do outro e assume as consequências das decisões.”

As memórias da infância de Rafael são repletas de momentos marcantes. Um deles ainda arranca risos de dona Jane.

“Lembro-me de uma vez, quando estávamos em Araraquara, meu marido tinha uma Marajó e o Rafael era pequeno, tinha 3 ou 4 anos e ficou dentro do carro. O Laércio, pai dele, disse que podia mexer em qualquer coisa, menos no freio de mão, e foi o único lugar que ele mexeu. Soltou o freio e o carro começou a andar sozinho.”

Mesmo com as responsabilidades da vida pública, Rafael continua sendo motivo de orgulho e preocupação para a mãe. “Fico apreensiva porque amo demais esse menino. Acompanho de perto [o trabalho do filho], mas não me envolvo.”

No Dia das Mães, o prefeito também faz questão de estar presente. “Mesmo com a agenda cheia, ele sempre encontra um tempo. E entendo que ele também tem a Fernanda, o Miguel e o Davi [esposa e filhos], que precisam dele”.

A trajetória de Karina Dohme pelos olhos de Fátima 6r3930

Ver a filha crescer diante das câmeras, enfrentar os desafios da carreira artística desde a infância e, mais recentemente, se reinventar como empreendedora é, para Fátima Dohme, de 70 anos, uma experiência marcada por orgulho, amor e presença.

Mãe da atriz Karina Dohme, natural de Americana e conhecida pelo papel de Beth na série Sandy e Junior, Fátima relembra com emoção a trajetória da filha, sempre respeitando suas escolhas e oferecendo apoio incondicional.

A atriz Karina Dohme com a mãe Fátima – Foto: Arquivo pessoal

Fátima conta que acompanhou cada etapa da carreira da filha com cautela. “Sabia dos ‘nãos’ que ela poderia ouvir e das frustrações. Mas estive sempre presente, com carinho e cuidado de mãe”, diz, reforçando que prezava pela liberdade de Karina, mas com os pés no chão.

Karina atuou em produções como Zorra, Turma do Didi, Os Caras de Pau e Os Parças, até decidir dar uma pausa na atuação para se dedicar ao empreendedorismo. Para a mãe, essa nova fase é mais uma prova da força e da determinação da filha. “iro o profissionalismo com que ela encara a vida. Uma empreendedora irável”, destaca.

Fátima ite que não vê relação direta entre a carreira artística e o empreendedorismo da filha, mas se diz orgulhosa do desempenho. “Se tiver ligação, que bom. De todo modo, é lindo ver como ela leva tudo com tanta seriedade.”

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Entre tantos momentos marcantes, um tem lugar especial em seu coração: o casamento de Karina. “Foi o que mais me emocionou”, revela.

Mãe presente e cuidadosa, Fátima sempre fez questão de mostrar que a filha teria liberdade para fazer suas escolhas, mas também apoio para lidar com a instabilidade da profissão.

“Maternidade é uma escolha de amor. E a Karina encara os altos e baixos da vida com coragem. Nada que uma boa terapia não resolva”, brinca. E finaliza com carinho: “Batalhadora, pau para toda obra. Nada a assusta, nada a para. Ela avança, ela cria”.

Berenice vê em cada conquista do filho Sâmi um ‘milagre’ da música 63o3z

Acompanhar o filho na mesma trilha musical trilhada pelo pai é, para Berenice Martins Alves dos Santos, uma experiência marcada por amor, superação e fé.

Mãe do cantor Sâmi Rico, ela viu de perto o despertar artístico do filho que, ainda pequeno, já mostrava talento como ator nas brincadeiras dentro de casa. “Como cantor, foi uma surpresa, sim. E de forma positiva, claro. Ele sempre foi tímido para isso, mas o dom estava lá”, conta Berenice, hoje com 59 anos.

Sâmi Rico acompanhado da mãe, Berenice, e da irmã – Foto: Arquivo pessoal

Morador de Americana e filho do saudoso cantor sertanejo José Rico, Sâmi vem consolidando sua carreira com músicas autorais e parcerias de destaque, como a recente “Erro e a Errada”, com Gustavo Mioto.

Para a mãe, cada o representa um verdadeiro milagre. “Vê-lo na TV, nos palcos, lançando músicas, é uma recompensa divina. Cada conquista dele é uma grande alegria para mim.”

Entre os momentos mais difíceis vividos em família, a perda de José Rico em 2015 é citada com emoção por Berenice. “Foi, sem dúvida, o momento mais desafiador. Mas o Sâmi tem muita maturidade e enfrentou tudo com coragem.”

E, mesmo diante de críticas ou comparações inevitáveis, ela reforça a confiança no filho: “O Sâmi tem força e sabedoria. Está construindo a própria trajetória com dignidade e talento, como o pai sempre aconselhou.”

Nos bastidores da vida, Berenice é porto seguro. “Sempre digo para ele seguir com fé, coragem e garra. Ele é um menino iluminado por Deus. Temos muito amor dentro de nós e isso é o que nos move”.

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