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Região tem 1º quadrimestre com menor número de vítimas de homicídio desde 2001 6118x
Municípios registraram 13 assassinatos nos quatro primeiros meses deste ano, quantidade menor que os 16 contabilizados em 2019
Por Gabriel Pitor
08 de junho de 2025, às 08h04
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A RPT (Região do Polo Têxtil) fechou o primeiro quadrimestre de 2025 com o menor número de vítimas de homicídio para esse período desde 2001, quando teve início a série histórica de dados da SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo).
As estatísticas foram levantadas pelo LIBERAL nesta semana e mostram que os óbitos por esse tipo de crime têm diminuído ao longo dos anos.
Segundo o levantamento, até então o ano com menor quantidade de assassinatos era 2019, com 16. O recorde positivo para a segurança pública foi superado com os 13 casos contabilizados neste ano, sendo oito em Sumaré, três em Americana, dois em Hortolândia e nenhum em Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa.
Outro ano recente que ficou próximo de ter o menor número vítimas de homicídios foi 2023, quando foram registrados 17. Isso mostra que o crime tem se tornado cada vez menos comum na RPT, ao contrário do verificado nos anos 2000.
Os dados da região podem ser separados em três recortes. De 2001 a 2005, a média era de 77 assassinatos nos quatro primeiros meses do ano — somente em abril de 2002, por exemplo, Sumaré teve 16 mortes contabilizadas. De 2006 a 2018, essa média caiu para 35; e de 2019 a 2025, nova queda para 20 óbitos.
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Essa redução a pelo combate aos homicídios em três municípios. No início do século, Santa Bárbara registrava de seis a 12 óbitos por esse tipo de crime no primeiro quadrimestre, cenário que contrasta com o mesmo período de 2024 e de 2025, que não houve ocorrências.
O prefeito barbarense, Rafael Piovezan (PL), citou a ampliação do videomonitoramento – que ou a ter configuração de “Muralha Digital” neste ano – com um exemplo de medida preventiva.
“Quando você deixa o ambiente menos favorável, menos suscetível, ajuda a ter bons índices”, disse o chefe de Executivo na última sexta-feira, durante participação no programa Liberal no Ar, da Zé FM 76.3.
Hortolândia chegou a ter, de janeiro a abril de 2003, 41 assassinatos. A tendência de números altos de casos na cidade se manteve até 2018. De 2019 até então, o recorde foi de nove em 2022.
Sumaré também saiu de 41 vítimas no primeiro quadrimestre de 2004 para uma média de oito casos nos quatro primeiros meses de cada ano desde 2019.
Por sua vez, Americana e Nova Odessa se mantiveram estáveis ao longo do século, com médias de cinco e um assassinato, respectivamente.
Ainda de acordo com o levantamento, considerando os dados desde o início da série histórica, Sumaré tem o maior número de vítimas de homicídio no primeiro quadrimestre, com 369, seguida de Hortolândia, com 359; Americana, com 119; Santa Bárbara, com 114; e Nova Odessa, com 29.
Ao LIBERAL, a SSP afirmou que segue empenhada na elaboração e execução de políticas públicas voltadas ao enfrentamento de todas as modalidades criminosas e na preservação da integridade da população no Estado, com atenção especial aos atentados contra a vida.
“Todos os casos são monitorados continuamente pelo programa SP Vida, que orienta as estratégias de prevenção e enfrentamento desses crimes”, completou.
Vítimas de homicídio na RPT no primeiro quadrimestre de cada ano, desde 2001 w2so
- 2001 – 81
- 2002 – 84
- 2003 – 79
- 2004 – 81
- 2005 – 64
- 2006 – 38
- 2007 – 32
- 2008 – 26
- 2009 – 29
- 2010 – 22
- 2011 – 46
- 2012 – 34
- 2013 – 37
- 2014 – 43
- 2015 – 39
- 2016 – 41
- 2017 – 41
- 2018 – 33
- 2019 – 16
- 2020 – 27
- 2021 – 23
- 2022 – 23
- 2023 – 17
- 2024 – 21
- 2025 – 13
Colaborou Rodrigo Alonso
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