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Ainda estamos aqui 731z2a

Por Gisela Breno

10 de janeiro de 2025, às 13h51 • Última atualização em 21 de janeiro de 2025, às 08h48

Em meio às sombras da história , num momento em que governos e movimentos antidemocráticos colocam em risco a democracia, surge

Ainda Estou Aqui”, um poema visual que desvela as cicatrizes de um ado não tão distante. Sob a direção sensível de Walter Salles, o filme nos conduz às veredas da memória, onde a dor e a resistência se entrelaçam.

Magistralmente, Fernanda Torres ,a primeira brasileira a ganhar um Globo de Ouro, desbancando atrizes famosas de Hollywood, às vésperas da certificação de Donald Trump , encarna Eunice Paiva, uma mulher cuja vida é atravessada pela brutalidade da ditadura militar brasileira. Sua interpretação é um cântico de coragem, revelando a transformação de uma mãe e esposa em uma defensora incansável dos direitos humanos.

A narrativa, adaptada das memórias de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice, é um tributo àqueles que enfrentaram a opressão com dignidade e esperança. O filme resgata a importância de contar os horrores do regime militar brasileiro a uma nova geração, servindo como um lembrete dos anos sombrios vividos pelos brasileiros.

“Ainda Estou Aqui” não é apenas uma obra cinematográfica; é um chamado à reflexão sobre a importância da memória coletiva. Em tempos onde a história pode ser esquecida ou distorcida, o filme reafirma a necessidade de lembrar, para que as vozes silenciadas encontrem eco nas consciências de hoje.

Através de sua poesia visual, o filme nos convida a contemplar as profundezas da alma humana, a resiliência diante da tirania e a eterna busca por justiça. É uma ode à memória, um farol que ilumina as trevas do ado, garantindo que, mesmo diante do esquecimento, possamos sempre dizer: ainda estamos aqui.

Viva a Arte!

Viva Fernanda Torres!

Ditadura Nunca Mais!

Gisela Breno

Professora, Gisela Breno é graduada em Biologia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e fez mestrado em Educação no Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo). A professora lecionou por pelo menos 30 anos.