Alguns anos mais, outros menos, mas em todos eles, sempre no primeiro semestre, o assunto dos noticiários é o mesmo: dengue. Em 2025 Americana já atingiu seu maior número de óbitos causados pela doença, com 19, além de mais de cinco mil casos confirmados, o que levou a prefeitura a decretar situação de emergência em saúde pública.

Considerada endêmica no Brasil, a dengue tem um único causador que já é de conhecimento de todos, o famoso mosquito Aedes aegypti. Mesmo assim é preciso que a istração pública sempre faça a busca ativa por focos, recolha materiais inservíveis, realize campanhas de conscientização, “fumacê” e busque, por toda cidade, formas de amenizar os casos, como batendo repetidamente na tecla da campanha “Todos Contra a Dengue – Para não deixar água parada, tem que se mexer!”. Isso deixa claro que a solução só vem com a participação de todas as pessoas.

Na edição de quinta-feira, o LIBERAL noticiou que o Ministério da Saúde colocou Americana, assim como Sumaré e Hortolândia, entre as prioridades no combate à dengue e anunciou medidas emergenciais.

Apesar do anúncio, a prefeitura informou que ainda não recebeu o plano de trabalho detalhado com as diretrizes federais, mas a notícia é a de que a ajuda vem.

Ajuda que se faz necessária por conta do descaso de alguns munícipes, que acumulam entulho ou impedem a fiscalização dos agentes da saúde, situação que pode ser amenizada nos anos seguintes com conscientização e cuidados, assim como serviços de zeladoria, por parte da prefeitura.

Enfim, apesar da crise instalada, tudo indica que os casos estão em declínio, pelo menos é o que aponta o infectologista Arnaldo Gouveia Junior, em entrevista ao LIBERAL publicada neste sábado. Com isso, a previsão é de que a situação melhore e, com sorte e consciência, o ciclo não se repita no ano seguinte.