Em 1812, a França era o país mais populoso da Europa, com 30 milhões de habitantes. Napoleão Bonaparte adotou uma política expansionista e aumentou o efetivo do seu exército, obrigando os homens com idade de 20 a 25 anos a se alistarem. Com isso, formou um exército de 200 mil homens, e iniciou a conquista de países vizinhos, anexando a Bélgica, Luxemburgo e o Condado de Cannes ao território francês.

Sua invasão pela Europa não parou por aí. A cada nação conquistada, Napoleão nomeava um parente e seus irmãos se transformaram em reis da Dinamarca, Holanda e Espanha, e seu cunhado Rei de Nápoles.

Napoleão estava se preparando para invadir seu arqui-inimigo, a Inglaterra, que percebendo sua intenção formou uma coalizão com Áustria, Suécia e Rússia, obrigando Napoleão a redirecionar seus planos de invasão para esses países.

Quando chegou à fronteira russa, seu exército contava com 600 mil soldados. À medida que avançava, o exército russo recuava, parecia que estavam se esquivando, o que animou Napoleão a seguir em frente.

Todavia, conforme se aprofundavam no território russo, foram ficando cada vez mais distantes de suas bases de abastecimento, que eram atacados pelos Cossacos. Da mesma forma, os camponeses russos adotaram a política de terra arrasada, destruindo abrigos, queimando plantações e envenenando fontes de água.

Os soldados ses estavam exaustos, marchando 10 horas por dia com sapatos desconfortáveis e mochilas pesadas, carregando carne, pão, água, munição e rifles. Muitos morriam de cansaço antes mesmo de confrontar o inimigo.

Quando finalmente chegaram a Moscou, encontraram a cidade incendiada e sem nenhum tipo de alimentos. Sem opções, foi ordenada a retirada para a França, uma distância de 3 mil quilômetros já com a chegada de um rigoroso inverno com temperaturas abaixo de 30°C, sem uniformes apropriados, que transformou a marcha em um perfeito pesadelo e em uma completa desordem.

No final, 390 mil soldados ses foram mortos, feitos prisioneiros ou desertaram. Napoleão foi capturado e enviado para o exílio. Um soldado francês de 20 anos enviou uma carta aos seus familiares: “À noite, penso em vocês. Imagino que estou com vocês. Eu choro, mas não importa o quanto o faça, isso não ajuda em nada. Não tenho mais vida, pois não há mais nada que me traga alegria neste mundo.”