A última semana foi tumultuada nas cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) no que diz respeito à mobilidade urbana. Enquanto Santa Bárbara d’Oeste maneja recursos para manter a Nova Via operando no município, com um ree de R$ 545 mil à empresa, Americana anunciou um reajuste na tarifa do transporte público, congelada desde 2019. Somado a isso, o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou em Piracicaba a decisão de não implantar pedágios no trecho da SP-304 (Rodovia Luiz de Queiroz) que corta as cidades da região.

Entre motoristas de ônibus em greve em Santa Bárbara, o aumento no custo da viagem em Americana e, talvez, a ideia de isenção de cobrança na rodovia — que funciona mais como uma avenida entre as cidades — resta à população da região, volta e meia, refazer as contas ao ser pega de surpresa por tais movimentações.

Em Santa Bárbara, a empresa afirma que é inviável continuar operando sem um reajuste que mais do que dobraria o valor da agem — de R$ 4,85 para R$ 10,75. A prefeitura promete apresentar um projeto de lei para fixar um subsídio, de modo que a população não sinta tanto no bolso.

Já em Americana, o impacto do reajuste — de R$ 4,70 para R$ 5,20 — pode ser considerado baixo, levando em conta que o valor estava congelado há seis anos. No entanto, os R$ 0,50 representam apenas uma fração do faturamento da empresa responsável pelo transporte, já que o subsídio municipal aumentou de R$ 1,2 milhão para R$ 1,9 milhão.

No fim, a única boa notícia, até o momento, é que os três pedágios previstos para a SP-304 não estão mais nos planos do governo, que entendeu estar onerando excessivamente a população. Porém, apesar da fala do governador, as audiências públicas marcadas para discutir o assunto estão mantidas na região, conforme noticiado pelo LIBERAL na quinta-feira (17), não se descartando, assim, novas surpresas e mudanças de decisão.