A notícia de que o Governo de São Paulo decidiu implantar três pontos de pedágio na Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304) em um trecho de menos 40 quilômetros entre Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Piracicaba, por meio de concessão, desagradou uma grande parte da população local, especialmente, os que utilizam a via que, nas duas primeiras cidades, já se tornou uma avenida com suas dezenas de os.

Pelos planos da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), quem quiser ir de Americana para a Rodovia Anhanguera (SP-330) ou para Piracicaba, sem precisar cortar por dentro da cidade, terá de pagar pelo menos um pedágio.

O plano ainda está em fase de debates. Reportagem do LIBERAL publicada neste sábado destacou, por exemplo, a afirmação da diretora da Companhia Paulista de Parcerias, durante audiência pública sobre a concessão, de que poderá ser revista ainda a presença da SP-304 no lote da chamada Rota Mogiana.

Ainda que a SP-304 demande mais investimentos, haja vista a importância da rodovia para a microrregião, a implantação de pontos de pedágio em trechos tão próximos parece ser totalmente sem razão. Tal medida poderia trazer consequências para o trânsito interno de Americana e Santa Bárbara, que já não é dos melhores, piorando o fluxo de avenidas já problemáticas – como o LIBERAL destaca em reportagem deste domingo.

Agora, para que o Estado enxergue todos estes pontos é preciso que haja uma mobilização política genuína e que saiba lidar tecnicamente com o assunto. Diante do noticiário sobre a concessão, houve uma notável timidez de prefeitos em questionar tal medida ou de se posicionar sobre o assunto diante da população. Há de se lembrar que são aliados de primeira hora do governador.

Haverá interesse em debater os efeitos dos pedágios na SP-304 ou apenas dirão amém ao que o Estado impor? Espera-se que a primeira opção seja a escolhida.