Libera o Hexa! 1b2v2s
Seis motivos para acreditar no hexa 4q2e1k
A Copa já começou, então chega de pessimismo!
Por Rodrigo Alonso
20 de novembro de 2022, às 15h39
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Desde quando comecei a acompanhar futebol, acho que nunca vi tanto pessimismo em torno da Seleção Brasileira.
Nem mesmo na Copa de 2014, antes daquele fatídico 7 a 1, os torcedores estavam tão desesperançosos. E vale lembrar que, naquela altura, o time estava desfalcado de Neymar, seu principal jogador, e entraria em campo com um ataque totalmente questionável, com Hulk, Bernard e Fred.

Para tentar aumentar as expectativas para este ano, listo aqui seis motivos pelos quais podemos, sim, acreditar no hexa. A Copa já começou, pessoal. Animem-se!
O elenco é bom
Esse é o principal motivo. Em todos os setores, temos jogadores que têm jogado bem nas principais ligas da Europa.
Dois dos nossos goleiros – Alisson e Ederson – estão entre os maiores do mundo na posição. Na zaga, tem o excelente Marquinhos ao lado de experiente e vitorioso Thiago Silva, que se mantém em ótimo nível no Chelsea. E os reservas, Eder Militão e Bremer, são titulares dos poderosos Real Madrid e Juventus, respectivamente.
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Nas laterais, há dois jogadores com uma carreira consolidada na Europa e que atuam com regularidade na Juventus: Danilo e Alex Sandro.
O primeiro volante, Casemiro, dispensa comentários e tem como reserva imediato o ótimo Fabinho, que brilha há anos no Liverpool.
O setor de articulação, talvez, seja o mais carente, mas não podemos esquecer que Lucas Paquetá foi um dos principais jogadores da seleção nesse último ciclo. Além disso, Neymar, nosso craque, tem exercido essa função também, apesar de ser, originalmente, um atacante.
Mas, mesmo com ele mais recuado, o nosso ataque segue muito bem servido. Com exceção de Pedro, que atua no Flamengo, todos os outros oito atacantes jogam em clubes do chamado “Big Six” da Inglaterra ou nos dois principais times da Espanha.
O time é consistente e competitivo
Sim, desde quando Tite assumiu o comando, a seleção tem sido consistente e competitiva. Fez excepcional campanha nas duas Eliminatórias que disputou e, mesmo quando esteve diante de grandes potências, jogou, no mínimo, de igual para igual com os adversários.
Incluo nisso até aquela triste derrota para a Bélgica, em 2018. O time vacilou, sim, no primeiro tempo. Até aí, isso pode acontecer com qualquer equipe. Mas, na segunda etapa, o Brasil teve uma ótima atuação e só não empatou por detalhes.
Ao longo desses últimos anos, a seleção mostrou que pode vencer qualquer adversário. Mas tem um time do outro lado também, né? Num jogo entre duas equipes fortes, uma delas vai perder, infelizmente.
Diferente de 2018, a equipe pode atuar de diferentes formas
Nesse último ciclo, Tite colocou em prática vários esquemas táticos, e todos, de alguma forma, deram certo. A seleção já jogou com e sem centroavante, por exemplo.
Neymar e Paquetá também são fundamentais para essas variações. Neymar mostrou que pode atuar como falso 9, como um 10 clássico ou, até mesmo, se revezando entre o meio e a ponta-esquerda.
Paquetá, por sua vez, joga bem tanto como meia-atacante tanto como segundo volante. Quando ele atua como volante, abre-se espaço para Vinícius Junior entrar no ataque titular. Dessa forma, a equipe joga com dois pontas fixos.
Há várias possibilidades, e todas elas são interessantes.
Não tem nenhuma seleção muito acima das outras neste ano
Diferentemente de 2018, a França não chega embalada ao Catar. Mesmo com o reforço de Benzema, que disputou a última Copa, a seleção decepcionou na Eurocopa. Sem contar que, agora, o time está desfalcado de três de seus principais jogadores: Kanté, Pogba e o próprio Benzema, atualmente o melhor jogador do mundo.
Não podemos, no entanto, subestimar a França. O time continua fortíssimo e possui todas as condições de levantar a taça. Mas vejo o Brasil, hoje, na mesma prateleira, que também inclui Inglaterra, Portugal e Argentina.
Neymar, enfim, chega em alta
Apesar de Vinicius Junior ter sido o melhor jogador brasileiro na última temporada europeia, Neymar segue sendo o nosso principal craque. É o atleta com maior potencial de decisão.
No entanto, nas outras duas Copas em que ele disputou, o atacante não estava em seu melhor momento. Em 2014, tinha acabado fazer sua primeira temporada no Barcelona. Ainda estava em fase de adaptação. Até por isso viveu altos e baixos, o que é normal.
Mesmo assim, naquela Copa realizada no Brasil, ele jogou bem. O que ferrou mesmo foi a contusão quartas de final – que isso não aconteça neste ano, por favor!
Em 2018, a chegada de Neymar à Copa foi pior. Ele não estava 100%, pois ainda se recuperava de uma lesão. Fez jogos abaixo da média e teve apenas alguns lampejos.
Agora, em compensação, o camisa 10 brasileiro está voando. Ele começou a temporada em alta, com 15 gols já anotados pelo PSG. No Campeonato Francês, foram 11 tentos em 14 partidas, além de nove assistências.
Por fim, que fique claro: só o Brasil é penta!
O Brasil é uma fábrica de talentos. Nem todas as gerações são de encher os olhos, mas sempre temos bons jogadores que podem trazer a taça para o País. Para uma seleção já venceu a Copa mesmo com times desacreditados, o hexa pode vir em qualquer momento. E que venha agora!
Rodrigo Alonso é apaixonado por futebol, apesar de ser ruim de bola, e são-paulino frustrado
Jornalistas do LIBERAL escrevem sobre a Copa do Mundo do Catar, com direito a curiosidades, opinião, informação e muita expectativa pelo título da nossa seleção