10 de junho de 2025

Notícias em Americana e região 71r

31t50

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

51b3j

Publicidade

Compartilhe

Cultura 4q43n

Desequilíbrio sofrido por Chico é comum a partir dos 70, diz Paulo Niemeyer f473k

Por CLÁUDIA COLLUCCI / Folhapress

04 de junho de 2025, às 16h20

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cantor e compositor Chico Buarque, 80, que foi submetido nesta terça (3) a uma cirurgia cerebral para tratar uma hidrocefalia, está se recuperando rapidamente e deve ter alta nesta sexta (5), segundo o neurocirurgião Paulo Niemeyer, que conduziu o procedimento.

“Ele está ótimo. Daqui a pouco vai caminhar no corredor e amanhã vai para casa sem nenhuma restrição. Eu já disse para ele que, em breve, ele estará lá no Polytheama, que é o time dele, que ele joga futebol toda semana”, afirma à Folha de S.Paulo.

Segundo Niemeyer, o problema de saúde enfrentado por Chico é muito comum a partir dos 70 anos e é causado pelo acúmulo de líquido nos ventrículos cerebrais, o que aumenta a pressão dentro do crânio.

“Esse líquido é produzido dentro do cérebro e que tem que circular para ser absorvido. E com a idade, às vezes, essa circulação pode ficar um pouco prejudicada e começa a reter o líquido”, explica.

Ele afirma que muitas pessoas convivem com o problema, mas ele pode trazer desequilíbrios e dificuldade de mudar de posição, como sentar, levantar e se virar, e alterações no padrão de caminhada. “A pessoa fica insegura quando anda, pode trazer alguma instabilidade na marcha.”

Segundo o neurocirurgião, Chico já estava investigando esses sintomas há algum tempo. “Mas não se chegava muito a uma conclusão. E até que essa hidrocefalia apareceu e a gente achou que tinha que tratar.”

A cirurgia envolveu a implantação de uma válvula no centro do cérebro, conectada a um cateter que desce por baixo da pele até a barriga. Quando a pressão aumenta, a válvula, que parece uma moeda fina, abre, drena o excesso de líquido, ele vai para a corrente sanguínea e sai pela urina.

“Essa válvula regula para que não saia [líquido] em excesso ou de menos. E a gente pode, pelo lado de fora, com ímã, abrir ou fechar conforme a necessidade do paciente. Isso reestabelece a fisiologia cerebral e ele tem uma grande chance de ficar muito bem”, afirma.

De acordo com ele, essa técnica existe há anos, inclusive no SUS. “O que pode variar é a marca, a qualidade da válvula.”

Publicidade