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Final da NBA tem primeiro duelo entre armadores protagonistas desde 1989 711r2r
Por MARCOS GUEDES / Folhapress
04 de junho de 2025, às 21h37
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Magic Johnson, do Los Angeles Lakers, e Isiah Thomas, do Detroit Pistons, duelaram nas finais de 1988 e 1989 da NBA, com uma vitória para cada lado. De lá para cá, nenhuma decisão da liga norte-americana de basquete opôs dois times que tinham seus armadores como grandes protagonistas.
Isso voltará a ocorrer a partir desta quinta (5), quando Oklahoma City Thunder e Indiana Pacers iniciarão a série melhor de sete que definirá a temporada 2024/25. O canadense Shai Gilgeous-Alexander e o norte-americano Tyrese Haliburton são as estrelas de suas respectivas equipes e vão liderá-las a partir da posição 1 do basquete internacional, o “point guard” da NBA, o armador.
No caso de Haliburton, 25, seu estilo lembra mesmo o dos armadores de outrora, que priorizavam o e ao arremesso. Em uma era na qual os “point guards” são pontuadores agressivos, ele busca as assistências, com média de 10,1 por partida desde sua chegada, em 2022. Nos atuais “playoffs”, lidera a estatística, com 9,8.
“Ele é único. Até há caras similares, mas ele é único. É um catalisador nos contra-ataques, faz um grande trabalho acionando seus companheiros em um bom ritmo e es para a frente. E dinâmico no pick-and-roll, sabe fazer cada e do pick-and-roll. E sabe pontuar”, afirmou o técnico que tentará freá-lo na decisão, Mark Daigneault.
Tyrese não é Magic Johnson, mas, como observou Daigneault, é mesmo hábil para atuar em velocidade e tem boa visão para achar os colegas. Motor do excelente ataque dos Pacers, sabe que precisará exibir seu melhor nível para erguer o troféu que Magic levantou pela última vez há quase quatro décadas.
De lá para cá, claro, houve grandes armadores. O cracaço Stephen Curry, ainda que longe do protótipo do armador tradicional, foi a seis finais com o Golden State Warriors. Mas em nenhuma delas teve como grande rival um “point guard” -em quatro delas, seu principal oponente era o ala LeBron James.
Shai Gilgeous-Alexander, 26, também não é Magic Johnson, Isiah Thomas ou John Stockton. Joga na posição 1 e dá suas assistências, porém é como um pontuador criativo que se destaca. Eleito o melhor jogador do campeonato -o prêmio, à americana, é entregue com base no desempenho na etapa de classificação-, teve média de 32,7 pontos por jogo na primeira fase, a maior da liga.
“É um cara que nasceu para ser grande. Dá para perceber. Ele tem uma atitude, uma frieza, é imperturbável. É um cara que sabe quem é e tem muita fé em si mesmo”, afirmou o técnico que tentará freá-lo na decisão, Rick Carlisle. “É muito difícil marcar 30 pontos em um jogo. Quanto mais fazer isso por dois anos, sem parar.”
As pequenas Oklahoma City e Indianápolis jamais celebraram um título da NBA. Jamais, neste século, o troféu foi disputado por duas equipes claramente lideradas por armadores. Isso começa a mudar nesta quinta.